MP denuncia Augusto Melo e ex-diretores do Corinthians no caso VaideBet e pede indenização de R$ 40 milhões ao clube
10/07/2025
(Foto: Reprodução) A denúncia se refere a crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto. Augusto Melo, presidente do Corinthians, foi denunciado pelo Ministério Público
Rodrigo Corsi/Agência Paulistão
O Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia à Justiça contra Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians, e também os ex-dirigentes do clube Marcelo Mariano e Sérgio Moura, bem como o empresário Alex Cassundé, pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto.
O MP incluiu na denúncia os empresários Victor Henrique de Shimada e Ulisses de Souza Jorge, por lavagem de dinheiro. Os empresários não tinham sido indiciados pela Polícia Civil, mas aparecem como sócios de empresas intermediárias que receberam parte do dinheiro desviado.
A acusação é resultado da investigação aberta no ano passado pela Polícia Civil de SP e pelo Ministério Público para apurar suspeitas de irregularidades no contrato de patrocínio entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet.
Os promotores pedem que os denunciados paguem R$ 40 milhões de indenização ao clube. O MP também solicita à Justiça o bloqueio de bens de pessoas físicas e jurídicas citadas na investigação.
A Polícia Civil encontrou irregularidades no contrato entre o clube e a casa de apostas VaideBet, além de descobrir o envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O contrato foi assinado em dezembro de 2023, e previa o pagamento de R$ 360 milhões em três anos — o maior patrocínio máster da história do futebol brasileiro até aquele momento.
O que diz a defesa de Augusto Melo
Em reportagem publicada pelo g1 SP em 27 de maio, a defesa de Augusto Melo já informava que "recebeu com incredulidade e indignação o relatório final do inquérito, divulgado na noite desta quarta-feira (22), e informa que fará suas considerações oficiais assim que concluir a análise integral do documento" e que "reitera-se a convicção de que o presidente não possui qualquer envolvimento com eventuais irregularidades relacionadas ao caso".