Guarda é investigado por suposto estupro contra adolescente de 12 anos em Piracicaba
23/01/2025
(Foto: Reprodução) Segundo a denúncia, ele ofereceu uma bicicleta para a vítima após os abusos. Medida protetiva foi solicitada e caso é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher. Mãe da vítima durante relato sobre o caso à EPTV
Reprodução/ EPTV
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) investiga um guarda civil municipal de Piracicaba (SP), de 48 anos, suspeito de estupro de vulnerável contra uma garota de 12. Segundo a denúncia, ele prometeu uma bicicleta para a vítima para cometer os abusos.
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O caso ocorreu em 15 de novembro de 2024, mas a EPTV, afiliada da TV Globo, teve acesso às informações nesta quarta-feira (22). O pai da vítima chegou a ir com uma barra de ferro, acompanhada da filha e esposa, até a casa do guarda, e foi recebido por ele com uma arma nas mãos, conforme relato à polícia. A denúncia foi feita à Polícia Civil após esse episódio.
Em entrevista à EPTV, a mãe da garota afirmou que o contato vítima e investigado começou com um pedido de dinheiro que a garota fez ao agente.
"Ela pediu R$ 1, ela entrou na casa dele e ele pediu para ela tirar a roupa, deitou na cama, passou a mão, não houve penetração", afirmou.
Também conforme a mãe, o GCM prometeu uma bicicleta para ela voltar. "Ele abriu e pediu que ela retornasse depois para buscar a bicicleta. Depois de três dias, ela voltou", acrescentou.
Em boletim de ocorrência sobre o caso, a familiar disse que, inicialmente, sua filha mentiu sobre a origem da bicicleta e afirmou que tinha ganhado de uma bicicletaria, mas o dono do estabelecimento negou a informação. Depois, relatou o abuso e que ameaçou gritar para que o suspeito destrancasse a porta do quarto onde estavam.
Também no registro na Polícia Civil, a vítima confirmou que houve o abuso no dia anterior, com toques em suas regiões íntimas. Disse, também, que o suspeito a ameaçou caso contasse a alguém sobre o ocorrido.
Após solicitação dos familiares, a Polícia Civil pediu à Justiça uma medida protetiva contra o guarda investigado.
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Investigado nega
O guarda investigado negou os fatos e disse que em 12 de novembro a adolescente bateu em seu portão pedindo dinheiro, que questionou ela sobre o motivo, e ela disse que tinha o sonho de ter uma bicicleta, mas que seus pais não tinham condições financeiras para comprar.
Então, o suspeito disse que se compadeceu com a adolescente e comprou a bicicleta para ela, que foi entregue três dias depois.
O GCM acrescentou que no mesmo dia, por volta das 16h50, o pai da jovem foi a sua casa com um pedaço de ferro, dizendo que o mataria e tacaria fogo em sua casa. E que, depois disso, saiu com sua arma, pedindo que o homem não se aproximasse, com a pistola apontada para baixo. Por fim, afirmou que acionou a Guarda para atendessem a ocorrência.
'Demanda investigação', diz delegado
No boletim de ocorrência, o delegado Mario Bortoleto Torina avaliou que o caso necessita de investigação.
"Não ficou demonstrando de maneira evidente os fatos apresentados, sendo que o Delegado de Polícia subscritor não se convenceu da materialidade delitiva. Assim numa análise acurada dos Artigos 302 e 304 §1º do CPP, denota-se que este fato demanda maior instrução probatória através de uma investigação via inquérito policial", justificou.
Ele também observou que não houve testemunhas dos fatos, não houve flagrante e a versão dos envolvidos é conflitante. "Assim, foi feito contato com o médico legista e expedido exame de IML [Instituto Médico Legal] para a vítima e modo a se verificar eventual conjunção carnal", completou.
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