Criança é mordida por sagui dentro de Parque Ecológico no interior de SP e recebe medicação errada em UPA
07/07/2025
(Foto: Reprodução) Menina de dois anos tomou sete injeções após se mordida no Parque Ecológico de São José do Rio Preto (SP), mas, somente dias depois, foi informada sobre erro no protocolo médico. Apesar da mordida ser superficial, a criança precisou tomar sete injeções.
Arquivo pessoal
Uma menina de dois anos foi mordida por um macaco sagui no Parque Ecológico de São José do Rio Preto (SP) e, ao procurar atendimento, recebeu uma medicação incorreta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, no dia 26 de junho.
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Segundo a mãe da criança, Gabrielly Padilha da Silva, de 26 anos, ela estava com a filha no parque quando o animal mordeu superficialmente o pé da menina. “Foi mais o susto do que qualquer outra coisa. A mordida não perfurou, mas deixou uma marquinha. O pior veio depois”, contou ao g1.
Após o incidente, a família levou a menina ao pronto atendimento de uma rede privada, mas, por falta de medicamento pré-indicado, ela foi transferida para a UPA Tangará. No local, a menina recebeu sete injeções, sendo quatro diretamente no ferimento e outras três distribuídas nas pernas.
No dia seguinte, a família foi surpreendida por uma ligação da unidade de saúde informando que a imunoglobulina aplicada não era para raiva, mas para herpes-zoster. “Na hora, eu disse que não levaria ela de volta naquele momento. Ela já tinha tomado sete injeções no dia anterior. Quis esperar alguns dias para o corpo dela se recuperar”, relata a mãe.
UPA Tangará em São José do Rio Preto (SP).
Reprodução/Google Street View
A menina só recebeu a medicação correta uma semana depois. “Na quinta-feira seguinte, voltamos ao local. Como a marquinha da mordida já tinha sumido, a vacina foi aplicada nas perninhas dela. Felizmente, não houve nenhuma reação”, explica Gabrielly.
A mãe também criticou a falta de assistência por parte do Parque Ecológico.
“Ninguém veio ajudar ou orientar. Eu mesma tive que ligar para o meu marido ir nos buscar. Ninguém do parque prestou nenhum tipo de socorro”, afirma.
Em nota, o Parque Ecológico de São José do Rio Preto informou que, antes do incidente, os funcionários orientaram a família sobre a proibição de alimentar os animais ao presenciarem a criança oferecendo salgadinhos aos saguis. A prática é proibida e há sinalização em diferentes pontos do parque.
Ainda segundo a administração, os funcionários não presenciaram a mordida e nem foram procurados pela família após o ocorrido. O parque afirma que o local conta com protocolos preventivos para segurança dos visitantes e que vai intensificar as medidas educativas e de fiscalização com o apoio de biólogos.
Parque Ecológico de São José do Rio Preto (SP).
Divulgação/Prefeitura de Rio Preto
“Graças a Deus, minha filha está bem, mas poderia ter sido muito mais grave. O erro na medicação nos deixou assustados. É uma responsabilidade enorme”, concluiu a mãe.
O g1 também solicitou um posicionamento da Secretaria de Saúde do Estado. Em nota, a pasta informou que a UPA é de responsabilidade do município, mas está à disposição para algum tipo de apoio que seja necessário.
Diante disso, a reportagem questionou a Secretaria Municipal de Saúde, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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