Conclusão da restauração de antigo presídio em ilha no litoral de SP fica para 2026

  • 14/12/2025
(Foto: Reprodução)
Ruínas do presídio da Ilha Anchieta Reprodução/ Parque Estadual da Ilha Anchieta A 8 quilômetros do continente e a 213 quilômetros de São Paulo, a Ilha Anchieta, em Ubatuba, no litoral norte paulista, esconde ruínas de um lugar que já foi palco de uma das maiores rebeliões já registradas no país: um presídio. Desativado oficialmente em 1955, as ruínas do presídio da Ilha Anchieta passam por uma restauração há mais de 1 ano. O local registrou a segunda maior rebelião do país, atrás do Carandiru, em 1992. O prazo para a entrega da restauração das ruínas no local foi estendido pela Fundação Florestal, responsável pelas obras. O prazo anterior era até junho deste ano, mas, segundo a Fundação, a entrega ficará para 2026. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Veja os vídeos que estão em alta no g1 A previsão para a entrega das obras é em abril do próximo ano. O motivo do atraso, segundo o órgão, é que, durante os trabalhos, "foi identificada instabilidade nas paredes, o que exigiu reforço nas fundações e na estrutura para contenção das ruínas". Com isso, a expectativa é que, nos próximos meses, os serviços relacionados à contenção das paredes e das estruturas sejam concluídos. Presídio da Ilha Anchieta, em Ubatuba, passa por restauração Divulgação/Semil Além de atrasar as obras, a instabilidade citada pela Fundação Florestal fez com que o valor gasto pelo governo estadual para a restauração das ruínas do presídio aumentasse 51%. Antes, o valor da restauração estava orçado em R$ 4,282 milhões. Agora, com a mudança no cronograma e o imprevisto, o valor subiu para R$ 6,469 milhões. Até o começo do ano, segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), haviam sido realizados estudos técnicos, projetos executivos, limpeza e recuperação das estruturas e implementação de escoramentos provisórios, além de reforços estruturais necessários. Para visitar o local, é cobrada uma taxa de R$ 19 para brasileiros, R$ 28 para estrangeiros do Mercosul e R$ 37 para demais estrangeiros. Presídio da Ilha Anchieta, em Ubatuba, passa por restauração Divulgação/Semil A rebelião Foi em 1952 que o presídio da Ilha Anchieta vivenciou uma das maiores rebeliões já registradas no país. Na ocasião, 129 detentos conseguiram fugir do local. A segurança era feita por 49 militares da Força Pública, que serviam no Destacamento 314, responsável pela Ilha Anchieta, e respondiam ao 5º Batalhão de Caçadores de Taubaté (atual 5º Batalhão da Polícia Militar). Além dos militares, 22 guardas de presídio faziam a vigia dos pavilhões. No entanto, os vigias não tinham a autorização para portarem arma de fogo. Além de ser um local isolado, quente e úmido, há relatos de torturas que aconteciam com os detentos por parte da direção. Sede do Instituto Correcional da Ilha Anchieta Reprodução/ Parque Estadual da Ilha Anchieta Na manhã do dia 20 de junho, um grupo de detentos foi deslocado para fazer o corte e o transporte da lenha, que era recolhida toda sexta-feira. A rebelião se iniciou quando um detento desarmou um dos soldados que fazia a escolta do grupo. Rapidamente, outros presos perceberam o que estava acontecendo e o motim foi se espalhando por toda parte. Os presos que estavam no corte de lenha retornaram para o presídio através da vila militar e surpreenderam o quartel que estava despreparado, atacando os guardas com os pedaços da madeira que havia sido cortada. As celas da prisão foram abertas e os presos foram soltos, se espalhando pela Ilha. Os comandantes do presidio, ao saberem do motim, se dirigiram a casa do diretor, Fausto Sadi Ferreira, onde ficaram até que um grupo de presos, comandados por João Pereira Lima, invadiu o local e rendeu os policiais. As mulheres e crianças que estavam nas casas da vila militar foram escoltadas pelos próprios presos até uma cela do pavilhão dois, e ficaram presos até o fim do motim. Rebelião estampa páginas da revista "O Cruzeiro" Revista "O Cruzeiro" publicada em 1952 Os fugitivos abriram caminho a tiros até a praia e subiram na lancha chamada de Ubatubinha, embarcação que vinha para a ilha toda sexta-feira trazendo mantimentos do continente. A embarcação comportava 40 pessoas, mas partiu da ilha levando 60 fugitivos. O resultado da rebelião, segundo o Inquérito Policial, foi de 25 mortos, sendo 15 detentos e 10 agentes estatais. Dos 129 fugitivos, 108 foram recapturados e seis detentos foram dados como desaparecidos. Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

FONTE: https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2025/12/14/conclusao-da-restauracao-de-antigo-presidio-em-ilha-no-litoral-de-sp-fica-para-2026.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Top 5

top1
1. Vou Mudar Meu Contato

Sadi Santos

top2
2. Vó me dê dinheiro

Samir Arcanjo

top3
3. HOJE VAI TER PISEIRO

LEÃOZINHO DO FORRÓ

top4
4. Dançar Forró Beijando

Thullio Milionário

top5
5. SÁBADOU

Pisadinha de Luxo e Biu do Piseiro

Anunciantes