Cidade no interior de SP elimina transmissão do HIV entre mães e bebês; veja as medidas aplicadas
24/12/2025
(Foto: Reprodução) Segundo a prefeitura, são aplicadas medidas estratégicas para o combate, como a testagem rápida e sorológica
Reprodução/Prefeitura de Itapetininga
A cidade de Itapetininga, no interior de São Paulo, alcançou a eliminação da transmissão do HIV, sífilis e hepatite B entre mães e bebês. Foram implementadas diversas medidas para a redução dos casos de transmissão vertical. Neste mês, o município foi representado em uma certificação promovida pelo Ministério de Saúde por seu desempenho no combate.
Segundo a prefeitura, a transmissão vertical dessas doenças ocorre quando a criança é infectada durante a gestação, parto ou amamentação. O g1 conversou com a administração municipal, que detalhou as atitudes implementadas na saúde municipal para eliminar a transmissão vertical.
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Conforme a prefeitura, o município adotou estratégias baseadas na linha de cuidado materno infantils Essas iniciativas incluem:
Testagem rápida e sorológica para HIV, sífilis e hepatite B no pré-natal, parto e puerpério;
Início imediato do tratamento das gestantes diagnosticadas;
Monitoramento rigoroso da adesão ao tratamento;
Vinculação das gestantes aos serviços especializados (SAE/CTA);
Capacitação contínua das equipes da atenção primária e da rede hospitalar;
Integração entre Vigilância Epidemiológica, atenção básica e serviços especializados;
Acompanhamento do binômio mãe e bebê desde o pré-natal até o encerramento do seguimento da criança.
Além disso, é disponibilizado na cidade o tratamento por medicamentos completo e gratuito, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e preconizado pelo Ministério de Saúde, com terapia antirretroviral para o HIV, tratamento adequado da sífilis com penicilina benzatina, e profilaxia e acompanhamento para hepatite B.
Fora os medicamentos, são oferecidos aconselhamento, acompanhamento psicológico, orientações educativas e suporte social. Segundo a prefeitura, esses recursos visam a fortalecer a adesão ao tratamento e o cuidado integral dos pacientes.
"Esses dados são monitorados continuamente pela Vigilância Epidemiológica Municipal, com registros consolidados nos sistemas oficiais do Ministério da Saúde", completou a prefeitura.
Ainda segundo o município, há registros e notificações de todas as gestantes diagnosticadas com HIV, sífilis e hepatite B em Itapetininga, conforme os sistemas de informação oficiais. Esses dados são usados para planejamento, monitoramento e avaliação das ações.
As gestantes atendidas são acompanhadas de forma multiprofissional durante todo o pré-natal, parto e puerpério. As crianças expostas recebem um acompanhamento clínico, laboratorial e vacinas, seguindo os protocolos de saúde nacional. O acompanhamento segue até a confirmação diagnóstica final ou alta por critério clínico laboratorial.
À reportagem, a prefeitura alertou que, nos casos de HIV, a amamentação é contraindicada. Por conta disso, o município oferece fórmula infantil de forma gratuita e orienta as mães sobre o preparo seguro e a alimentação adequada do recém-nascido.
Para os casos de hepatite B, são adotadas medidas de imunoprofilaxia no recém-nascido, conforme protocolo, permitindo a amamentação segura quando indicada.
Brasil recebe certificação da OPAS/OMS por eliminar transmissão vertical do HIV
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Certificação do Ministério da Saúde
No início de dezembro, a Secretaria Municipal de Saúde de Itapetininga foi representada pelo coordenador do Departamento de Vigilância Epidemiológica durante a cerimônia de certificação da eliminação da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, promovida pelo Ministério da Saúde, em Brasília (DF).
Conforme a publicação na íntegra, a prefeitura citou que, em outubro, depois de visitas dos técnicos do governo federal a equipamentos de saúde, a cidade obteve retorno do Ministério da Saúde, afirmando que alcançou a certificação pelo ótimo desempenho no combate à transmissão de sífilis, HIV e hepatite B de mãe para filho.
A Comissão Nacional de Validação (CNV) determinou que Itapetininga fosse certificada por atender aos critérios mínimos para a concessão dos seguintes reconhecimentos:
Certificação da eliminação da transmissão vertical de HIV;
Selo ouro de boas práticas rumo à aliminação da transmissão vertical de sífilis;
Selo prata de boas práticas rumo à eliminação da transmissão vertical de hepatite B.
"A certificação da eliminação da transmissão vertical é um reconhecimento importante dos esforços da cidade na luta contra essas doenças. Além disso, garante que as crianças nascidas tenham menos riscos de adquirir HIV, sífilis e hepatite B durante a gestação, parto e amamentação", citaram na íntegra.
Itapetininga é certificada por eliminar transmissão do HIV entre mães e bebês
Reprodução/Prefeitura de Itapetininga
*Colaborou sob supervisão de Ana Paula Yabiku
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