Polícia investiga denúncia de negligência médica após homem morrer no banheiro de UPA em Catanduva
20/10/2025
(Foto: Reprodução) Pedro Fabrício Furlan, de 56 anos, morreu em Catanduva (SP) na quinta-feira (16) após fazer exames na UPA
Arquivo pessoal
Um homem de 56 anos morreu no sábado (18) depois de passar mal dentro do banheiro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Catanduva (SP). Segundo a esposa do paciente, seu marido foi tratado por conta de dores musculares, mas o óbito ocorreu após sinais de infarto.
Segundo o boletim de ocorrência, Pedro Fabrício Furlan passou mal na quinta-feira (16) e começou a reclamar que estava com dor no peito. Na ocasião, sua esposa o levou até a UPA. O homem passou por exames e, segundo os médicos, nada grave foi apontado, apenas dores musculares.
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Ainda segundo o B.O., após voltar para casa, na sexta-feira (17), Pedro voltou a ter dores e precisou retornar à UPA, onde passou por outro exame.
Os médicos disseram à esposa que o paciente não tinha nenhum problema grave, mas ficaria em observação e proibiram que ela o acompanhasse no interior da unidade.
Ao g1, a mulher, que não vai ser identificada, disse que foi acionada após os médicos encontrarem seu marido morto, caído dentro do banheiro. Questionado pela reportagem, o Delegado Seccional de Catanduva João Lafayette Sanches Fernandes informou que a polícia vai instaurar um inquérito para investigar a causa da morte.
Ainda conforme o relato da esposa, uma assistente social permitiu sua entrada no interior da UPA após a constatação do óbito.
A esposa ainda conta que essa profissional informou que o plantão médico estava acabando e questionou se ela queria finalizar o registro do óbito ou pagar R$ 5 mil para averiguar a causa da morte, já que no atestado constaram causas inconclusivas. A esposa denuncia negligência médica.
Prefeitura responde
Em resposta ao g1, a Secretaria Municipal da Saúde de Catanduva informou que lamenta o falecimento e destaca que, em prévia análise ao prontuário do paciente, "constatou que foram observados todos os protocolos indicados para o caso, incluindo exames de eletrocardiograma e de dosagem de enzima cardíaca (troponina)". "Como também, observados os princípios do atendimento humanizado e das normas técnicas", segue a nota.
Segundo a prefeitura, o prontuário médico em questão pode ser solicitado a qualquer momento pela família, conforme os trâmites legais. A secretaria informou também que, em razão da morte, foi instalada uma "comissão técnica para acompanhar o caso desde o ocorrido, com a finalidade de melhor apurar todos os protocolos adotados, incluindo a conduta médica".
A Secretaria da Saúde informou ainda que "desconhece qualquer boletim de ocorrência registrado sobre os fatos, e que adotará todas as medidas que a deferência do caso exige."
Sobre a denúncia de cobrança de R$ 5 mil para averiguar a causa da morte, a prefeitura informou que ainda não teve acesso ao boletim de ocorrência e, por isso, não pode se manifestar sobre isso.
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