Deputado acusado de violência doméstica bate-boca com colegas, e sessão da Alesp é interrompida; VÍDEOS

  • 02/09/2025
(Foto: Reprodução)
Deputado acusado de violência doméstica bate boca com deputadas na Alesp O deputado estadual Lucas Bove (PL), que no último dia 26 teve o seu pedido de cassação por violência doméstica arquivado na Alesp, bateu boca com parlamentares mulheres nesta terça-feira (2). A discussão foi durante a sessão para referendar a indicação de Wagner Rosário para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Pelo registro em vídeo da sessão é possível ver que Bove, em pé, falava com a deputada Professora Bebel (PT), que estava sentada, enquanto a líder da minoria, Thainara Faria (PT), nomeava a deputada Mônica Seixas para falar em nome da bancada (veja acima). Deputado Lucas Bove (PL) em bate-boca na Alesp Rede Alesp/YouTube Mônica se vira para falar com a dupla que conversava, e Bove passa a gesticular com a deputada, que vai ao microfone: "Eu interpelei o deputado Lucas porque ele estava insistentemente falando com a Professora Bebel com o dedo em riste. Eu pedi para ele se afastar, e ele começou a gritar comigo". Bove então interrompe a deputada: "Eu estou tendo uma conversa com a Professora Bebel, que é adulta, que é dona do seu mandato, que tem voto, que tem voz". Na discussão que se segue, Bove fica alterado e diz para a deputada: "Não vem encher o meu saco. Vai trabalhar!" (veja vídeo acima). A sessão foi interrompida. Um registro feito por assessores da minoria na Alesp mostra que o bate-boca continuou mesmo durante o período de pausa. "Vocês pegam causa séria e transformam em proselitismo político", grita o parlamentar (veja vídeo abaixo). Deputado do PL discute com parlamentar do PSOL durante interrupção de sessão da Alesp Procurada, a deputada Mônica Seixas relata ter havido uma cena de intimidação no plenário. "Eu só ouvi a Bebel repetir muitas vezes que 'não queria'. E aí, no que eu virei, vi o Lucas debruçado sobre a mesa dela com o dedo em riste, perto do nariz dela, falando para ela fazer, para ela falar, para ela convocar, e ela falando: 'Não, eu não quero'. Então, muito calmamente, olhei para a colega e falei: 'Deputada, a senhora está bem?' Ele bateu na mesa e começou a gritar comigo." "Tentar impor a uma mulher o medo no exercício da sua atividade é violência política de gênero", diz a parlamentar. A deputada afirma que vai entrar com representação contra o colega no Comitê de Ética da Alesp —foi dela a representação que pedia a abertura de processo por cassação do mandato de Bove por violência doméstica, que foi arquivada na última semana (leia mais abaixo)— e que também vai acionar o Ministério Público Eleitoral. A psolista já conseguiu uma condenação contra um colega por violência política de gênero. Em 2024, o ex-deputado Wellington Moura (Republicanos) foi condenado a pagar R$ 44 mil por danos morais e a fazer um curso de letramento de gênero por ter falado, dois anos antes, que colocaria um "cabresto na boca" da deputada. As deputadas Thainara Faria (PT) e Paula da Bancada Feminista (PSOL) manifestaram solidariedade com Mônica Seixas após o episódio e pediram o adiamento da votação da indicação do novo conselheiro do TCE por causa do episódio. À TV Globo, Bove reiterou as suas falas em plenário — de que a deputada faz proselitismo político com "causas sérias" — e a acusou de divulgar fake news. Pedido de cassação O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) decidiu, em 26 de agosto, arquivar a denúncia contra o deputado estadual Lucas Bove (PL), acusado de quebra de decoro parlamentar por supostamente ter agredido a ex-esposa, a influenciadora Cintia Chagas. Chagas é uma influenciadora com mais de 6 milhões de seguidores nas redes sociais e, no ano passado, prestou queixa contra o deputado e relatou uma série de abusos físicos e psicológicos durante o relacionamento de mais de dois anos que teve com o político. Ele nega as agressões (veja mais abaixo). A denúncia de violência doméstica chegou à Alesp depois que Mônica protocolou um pedido contra Bove, pedindo a cassação do parlamentar. Após análise do conselho, os deputados estaduais que formam o colegiado decidiram arquivar a representação por 6 votos contra 1. A única parlamentar que foi a favor da cassação foi Ediane Maria, também do PSOL. Votaram contra o prosseguimento da denúncia na Alesp os seguintes deputados: Oseias de Madureira (PSD) Carlos Cezar (PL) Dirceu Dalben (Cidadania) Eduardo Nóbrega (Podemos) Rafael Saraiva (União Brasil) Delegado Olim (PP) "Trata-se de um desserviço de membros da Alesp. Preocupados apenas com o corporativismo, com a autodefesa, homens públicos mostram indiferença às mulheres. Não é à toa que eu temia pela minha vida ao lado dele, o qual sempre afirmou que, por ser 'branco, com cara de rico e deputado, era imbatível'. Ele sempre disse que nada aconteceria com ele na Alesp", afirmou Cíntia Chagas, após a decisão do conselho. Em nota, a defesa do deputado disse que "se limita a afirmar a mais absoluta inocência do Sr. Lucas Bove, que brevemente será devidamente comprovada nos autos".

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/09/02/deputado-acusado-de-violencia-domestica-bate-boca-com-colegas-e-sessao-da-alesp-e-interrompida-videos.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 5

top1
1. Vou Mudar Meu Contato

Sadi Santos

top2
2. Vó me dê dinheiro

Samir Arcanjo

top3
3. HOJE VAI TER PISEIRO

LEÃOZINHO DO FORRÓ

top4
4. Dançar Forró Beijando

Thullio Milionário

top5
5. SÁBADOU

Pisadinha de Luxo e Biu do Piseiro

Anunciantes